TRABALHADORES COBRAM REDUÇÃO NA JORNADA DE TRABALHO

O Comando Nacional dos Bancários se reuniu nesta terça-feira (2) com a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) para a segunda mesa de negociação para a renovação da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT).

A redução da jornada de trabalho para quatro dias semanais foi a principal pauta do dia. No âmbito das negociações, trabalhadores apresentaram dados de pesquisas, com base em projetos pilotos, realizados dentro e fora do país, com impactos positivos na saúde física e mental de funcionários, na redução de faltas no trabalho, além de ganhos na produtividade e na receita das empresas.

Reginaldo Lourenço Breda, representante da Federação dos Bancários dos Estados de São Paulo e Mato Grosso do Sul (Feeb SP/MS), afirmou: “A redução da jornada de trabalho para quatro dias semanais não é apenas uma necessidade dos trabalhadores, mas uma medida estratégica que beneficia tanto os funcionários quanto as empresas. Estudos demonstram que a produtividade não é afetada negativamente, e há evidências claras de melhorias significativas na saúde e bem-estar dos trabalhadores. Além disso, essa mudança pode gerar mais oportunidades de emprego, contribuindo para um mercado de trabalho mais equilibrado e inclusivo. Estamos comprometidos em lutar por essas mudanças que trazem benefícios reais e tangíveis para todos os envolvidos.”

Dados

No Brasil, a 4 Day Week Global iniciou testes em janeiro deste ano com 21 empresas. Resultados parciais do projeto mostram que 61,5% apresentaram melhoria na execução de projetos; 58,5% melhoria na criatividade e inovação; 44,4% melhoria na capacidade de cumprir prazos; e 33,3% na capacidade de angariar clientes.

Para os trabalhadores, os resultados parciais relevantes foram: 64,5% tiveram redução de exaustão frequente por causa do trabalho; 50% redução na insônia; 46,3% praticaram exercício mais de 3 vezes na semana; e 27,1% foi o aumento de quem dorme mais de 8 horas por noite.

Verbas do teletrabalho


O Comando Nacional reivindicou também a ampliação do valor da ajuda de custo, aos trabalhadores que atuam em home office. Na CCT de 2022, houve a conquista de ajuda de custo anual de R$ 1.036,80, com reajuste pelo INPC + 0,5% de ganho real em 2023, elevando o valor desde o ano passado para R$ 1.084,29/ano ou R$ 90,36/mês.
Segundo relatório do Dieese, entre 2019 e 2023, os cinco maiores bancos do país reduziram as despesas administrativas (com aluguel, água, energia, gás, materiais, reparação, segurança e vigilância, por exemplo) em 17%. Somente entre 2022 e 2023, essa redução foi 3%.
Por outro lado, nos itens que impactam o teletrabalho na categoria, como despesas domésticas, ar-condicionado, aluguel e taxas, energia elétrica residencial e plano de telefonia móvel, aumentaram significativamente.
A título de comparação, categorias de outros setores pagam valores superiores de auxílio home office. De 13 acordos analisados, a média é de R$ 141. Há também alguns bancos que pagam auxílios maiores, a partir de R$ 100 ao mês, chegando a R$ 210, no caso do JP Morgan e R$ 364,40 por mês, no caso do Banco Paulista.
Mobilizações
Após a reunião com a Fenaban, o Comando Nacional dos Bancários decidiu que irá organizar uma plenária entre os profissionais em teletrabalho.
Além disso, orientou a manutenção de mobilizações sobre o tema, para reforçar as conquistas em Teletrabalho e impedir a retirada de direitos por parte dos bancos.
Calendário das próximas reuniões
Julho
11/07 – Igualdade de oportunidades
18 e 25/07 – Saúde e condições de trabalho: incluindo discussões sobre pessoas com deficiência (PCDs), neurodivergentes e combate aos programas de metas abusivas
Agosto
6 e 13/08 – Cláusulas econômicas
20/08 – Em definição
27/08 – Em definição
Fonte : Feeb SP/MS, com informações Contraf Cut.
Sindicato dos Bancários de Jaú e Região, sempre trabalhando para oferecer o melhor para você bancário associado!

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